O adiamento do julgamento dos réus Athanase Seromba e Gaspard Kanyarukiga, acusados de serem responsáveis por crimes contra a humanidade e genocídio na guerra civil de Ruanda, em 1994, deferido pela 3ª Câmara Penal do Tribunal Penal Internacional para Ruanda, denuncia a complacência com a impunidade dos responsáveis por essa barbárie.
Mais um milhão de pessoas foram torturadas e mortas longe dos holofotes ocidentais, que se limitavam a filmar, a partir de Uganda os corpos que boiavam no lago Vitória, ou para seguir o êxodo em massa de Hutus, que tentavam se proteger nos países vizinhos.
O julgamento de Seromba chama a atenção por evidenciar a conivência da Igreja Católica Ruandesa durante os massacres ocorridos. Athanase Seromba era um padre da Igreja de Nyange, sendo o pároco responsável pela mesma, à época dos massacres. As acusações contra ele incluem o aprisionamento de centenas de Tutsi dentro de sua paróquia, ludibriando-os com propostas de ajuda contra os ataques dos Hutu, privando-os de comida e condições básicas de sobrevivência. Segundo o Promotor-Chefe do TPIR, Padre Seromba foi, ainda, quem autorizou a demolição de sua igreja, matando todos os que lá se encontravam entrincheirados, tendo acompanhado, pessoalmente, o descarte dos corpos, em valas comuns.
O atentado contra o avião do presidente Habyarimana, em 6 de abril de 1994 marcou o inicio de uma campanha de assassinatos pré-formulados, dirigidos contra a população Tutsi, e também contra Hutus considerados colaboracionistas. O massacre foi caracterizado como a “expressão da colera popular” em conseqüência da morte do chefe de Estado.
De acordo com as investigações do TPIR, o grupo paramilitar Interahamwe, junto com milicianos Hutu, e orientados pelo extinto partido político MDR-Parmehutu (Partido de Emancipação Hutu), elaborou, premeditadamente, um plano para acabar exterminar toda a população Tutsi, pejorativamente chamada de Inyenzi, que significa “barata”.
Mais um milhão de pessoas foram torturadas e mortas longe dos holofotes ocidentais, que se limitavam a filmar, a partir de Uganda os corpos que boiavam no lago Vitória, ou para seguir o êxodo em massa de Hutus, que tentavam se proteger nos países vizinhos.
O julgamento de Seromba chama a atenção por evidenciar a conivência da Igreja Católica Ruandesa durante os massacres ocorridos. Athanase Seromba era um padre da Igreja de Nyange, sendo o pároco responsável pela mesma, à época dos massacres. As acusações contra ele incluem o aprisionamento de centenas de Tutsi dentro de sua paróquia, ludibriando-os com propostas de ajuda contra os ataques dos Hutu, privando-os de comida e condições básicas de sobrevivência. Segundo o Promotor-Chefe do TPIR, Padre Seromba foi, ainda, quem autorizou a demolição de sua igreja, matando todos os que lá se encontravam entrincheirados, tendo acompanhado, pessoalmente, o descarte dos corpos, em valas comuns.
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